terça-feira, 1 de março de 2011

DIVERSIDADE FUNCIONAL E T.O.


          Neste texto de Ray Pereira, o Terapeuta Ocupacional (T.O) tem um gancho excelente para expor sua visão da atividade Humana:
"Acreditamos que é possível mudar os termos usados para se referir às pessoas diferentes, especialmente as diferenças físicas, visuais, lingüísticas e intelectuais.
Estamos acostumados a usar termos que enfatizam a limitação. São termos preconceituosos e inadequados, como deficiente, deficiência, pessoa deficiente, etc.
De fato, "deficiência" é exatamente isto: ineficiência.
Junte-se a nós e mude sua maneira de falar, escrever e pensar:
Substitua a palavra “deficiência” por DIFERENÇA FUNCIONAL.
Substitua “pessoas deficientes” ou “pessoas portadores de deficiência” por DIVERSIDADE FUNCIONAL.
Se você é cadeirante, você tem uma diferença funcional física.
Se você é cego, tem uma diferença funcional visual.
Os surdos possuem uma diferença funcional lingüística.
A deficiência mental recentemente passou a ser chamada de deficiência intelectual, mas vamos nos referir a essa condição como diferença funcional intelectual.
Não somos ineficientes, apenas funcionamos de maneira diferente!"
          É está diversidade que exige que o T.O tenha um leque de opções de atividades, abordagens técnicas, métodos e modelos para basear sua prática.  E não há remédio pronto como, antibiótico é bom p'ra isto, antiinflamatório é bom para aquilo. Não é a indicação de um 'passa tempo' puro e simples, como pode passar na cabeça de alguns. O  T.O tem conhecimento da bioquímica corporal e química medicamentosa e sua repercursão na realização da atividade mas, ao aplicar uma atividade comprovada ciêntificamente, deve aplicá-la no momento certo e de forma adequada. Existem modelos, métodos e técnicas a serem seguidos.
          Como exemplo, no modelo Ocupacional o T.O  irá conhecer a pessoa, o que lhe afeta; seu histórico ocupacional; seus interesses; suas habilidades e relacionar com sua condição de diferença funcional, contrabalançar com cultura, família e tudo mais que envolva a pessoa em questão. No modelo Biomecânico ou no Neuroevolutivo a atividade pode ser usada como exercício. Em se tratando de diferenças funcionais poderá se lançar mão de órteses, próteses e adaptações como tecnologia assistiva, etc. 
          O T.O tem responsabilidades em primeiro lugar com a pessoa sob seus cuidados e também responde por isso a um conselho de classe: CREFITO/COFFITO. A terapia vai ser indicada à cada pessoa, a cada indivíduo, vai se adaptar a forma de se relacionar com o objeto bem como da relação que irá se desenvolver entre a pessoa e o terapeuta. Daí, dentro de um processo a atividade vai ter andamento, vai dar resultados.
           Felizmente não somos produzidos em série! Cada pessoa é um ser único. O que é bom para mim necessáriamente não é bom para o outro. Cada pessoa funciona de um jeito diferente. E isso se aplica a qualquer ser humano, todos somos diversos dentro do nosso universo, independente de ter uma diferença funcional
          Cada acometimento varia em extensão e área cerebral ou corporal e vai repercurtir de modo particular na vida de cada pessoa. Cabe ao T.O avaliar e facilitar o processo de adaptação da pessoa, sua cliente à sua nova condição. A uma vida com qualidade, a uma vida (- d) EFICIÊNTE. Ao universo da diversidade funcional.

REFERÊNCIA: http://diversidadefuncional.blopot.com/